Dia dos pais relembrando o porquê de eu jogar tenis.

Em 2000, na praia da Lagoinha.

Aproveitando o gancho do dia dos pais, onde todos aproveitam para homenagear um de seus criadores, tive a ideia de homenageá-lo por aqui, pelo blog.
Acredito que a maioria de nós, tenistas, começaram a jogar tenis em razão de nossos pais, seja ele o pai ou a mãe. Comigo não foi diferente. Meu pai sempre jogou tenis, tambem influenciado pelo seu pai (meu avô). E desde que eu nasci, ou desde que eu me lembro por gente, meu pai sempre jogou esportes com bola comigo e com meu irmão. No começo, qual esporte estavamos praticando era o de menos, até porque era tudo brincadeira e diversão. E apesar de nós dois (eu e Vitor) gostar mais de futebol, meu pai nos apresentou o esporte da bolinha amarela. Nos deu raquetinhas, roupinhas e todos os acessórios pra gente brincar de ser tenista

Em 2005 (eu com 12 anos).

Nós temos uma casa na praia da Lagoinha, na cidade de Ubatuba. E lá, a areia é dura, então as pessoas que tem casa por perto e que jogam tenis tem a tradição e o prazer de montar uma quadra na praia e jogar o dia inteiro. Meu pai é um desses caras, que acorda às 6hs da manha, corre pra praia e deixa a quadra montada (pra não perder o lugar pras barraquinhas), volta pra casa pra tomar café e vai pra praia de novo com sua raquete de madeira jogar o dia inteiro. E quando eu e o Vitor atingimos a força mínima pra conseguir carregar a raquete de madeira (ela é bem mais pesada que a de carbono), meu pai sempre brincava com a gente depois que os adultos cansavam de jogar. Brincou muito, muito mesmo. Acho que na verdade, ali foi onde tudo começou no tenis pra mim e pro Vitão.
Depois disso, fomos pegando o gosto cada vez mais, e começamos a jogar bem. Bem, porem pior que meu pai. Jogar contra ele era duro. Ali já não tinha muita brincadeira, virou um desafio. Pois nós tinhamos a sensação de que podiamos ganhar, porem não ganhavamos. Hoje pensando, acho que ele deixava agente engrossar o jogo de propósito, pra nos motivar. A idade foi passando, agente treinando sério e evoluindo rápido até que eramos nós que tiravamos o pé do acelerador pra deixar ele engrossar o jogo. Porem ele, mesmo ficando pra trás na quadra, nunca deixou de nos motivar e incentivar. Talvez ele achasse até bom, pois era sinal de que estávamos jogando cada vez melhor.

Em 2010, no Challenger de Campos do Jordão.

Agora, quando nós entramos na quadra pra jogar, voltamos aos tempos de criança e só nos preocupamos em nos divertir. Hoje eu consigo enchergar melhor o amor com que ele ficava na quadra brincando com a gente, pois seria só com esse amor que agente pegaria o gosto pelo tenis e continuariamos jogando até atingir o nível que chegamos. Enfim, ele passou de pai pra técnico, preparador fisico, adversário, incentivador, torcedor e hoje ao lado da minha mãe é meu fãn número 1.
Só tenho a agradecer a ele por tudo o que fez por mim e me desculpar por alguma coisa nesses 18 anos de vida. Feliz dia dos pais Cesão! Voce é o cara! E parabens a todos os pais, seja você pai de tenista ou não, vocês merecem!



Montréal: De novo, Nole?! Novak Djokovic continua avassalador. Conquistou seu nono título, quinto Masters 1000 (feito inédito) e continua com apenas uma derrota no ano. Me parece inevitável a conquista do US Open, daqui a 3 semanas. Vamos ver, semana que vem tem Cincinatti.

Abraços a todos!